Mãe Fora da Caixa: as verdades nuas e cruas da maternidade
Empoderamento

Mãe Fora da Caixa: as verdades nuas e cruas da maternidade

Tempo de leitura: 8 minutos

O Clubinho de Ofertas está chegando com mais uma novidade: descontos para teatro adulto.

O espetáculo Mãe Fora da Caixa, interpretado por Miá Mello, é uma adaptação do livro de Thaís Vilarinho que relata a “maternidade real”, onde a autora fala sobre seus medos, inseguranças, receios e batalhas na mente que toda mãe enfrenta. Nossa gerente de marketing, Marcelle Ogawa esteve no espetáculo e trouxe um relato sincero e extremamente empático que você confere aqui no nosso Blog. 

Meio mãe, meio mulher

Hoje, nós mulheres, temos vivido sobre a corda bamba tentando equilibrar todas as coisas que são importantes no universo: estudos, trabalho, carreira, relacionamento amoroso, relacionamento familiar, casa… Tudo. Inconscientemente, assumimos uma postura de “nós podemos dar conta de tudo” e, sem perceber, acabamos nos sobrecarregando até o momento que paramos e pensamos: me sinto pesada. Mas afinal, o que gera esse peso em nós?

Sempre existiu uma luta para a mulher ser mais ativa e respeitada na sociedade, porém nos últimos tempos essa luta tem ganhado voz. O que é ótimo, porém não tem deixado de gerar essa guerra interna em nós, causada por sofismas que ainda existem na mente devido a uma sociedade que sempre nos calou. Aí surge essa situação da corda bamba: eu dou conta de tudo, sim! Porém, eu preciso dar conta de tudo mesmo?

Diante disso, algumas de nós acaba se vendo obrigada a decidir entre uma coisa ou outra. As que escolhem por ter filho, muitas vezes se anulam acreditando que deixa-se de ser mulher e passa-se a ser somente mãe. Vamos falar sobre isso.

De mãe para mãe; de filha para mãe

Eu não sou mãe e, hoje, não tenho esse desejo de ser. Fui assistir esse espetáculo acreditando ser somente mais uma peça teatral que iria exaltar as mães e falar sobre situações engraçadas do dia a dia, algo do tipo, e me surpreendi imensamente.

O espetáculo retrata tudo o que de fato acontece com uma mulher quando ela se torna mãe. Quando uma criança nasce, automaticamente nasce uma mãe, também. Enquanto um bebê precisa de carinho, atenção e cuidados, por ser um serzinho lindo que ganhou vida, a mãe também precisa: acaba de nascer uma parte nova na mulher.

O que é mais lindo nesse espetáculo, e na atuação da Miá (sim, já me sinto íntima, porque ela deixa claro o quanto precisamos estar unidas em tudo!) é o tanto que ela nos traz de volta à realidade de que, antes de sermos mãe, somos mulheres. Somos seres humanos e temos nosso tempo. Não podemos nunca esquecer disso. Não podemos nos anular, nem nos deixar para depois. É impossível querer dar o nosso melhor a qualquer outro ser do mundo, até nossos filhos, se não dermos amor a nós mesmas.

Eu poderia levar horas e horas escrevendo e conversando sobre tudo o que eu senti assistindo a essa peça, mas vou tentar resumir em mais dois parágrafos: assistir esse espetáculo foi um marco para mim, enquanto mulher e filha, pois, mesmo ainda não sendo mãe, pude compreender muitas coisas do universo da minha mãe enquanto mãe e também entender o quanto ela, sendo minha mãe com uma grande diferença de idade e se deixando de lado por anos, pode ter sido infeliz enquanto mulher, mesmo se sentindo realizada enquanto mãe.

Aprendi também que hoje, enquanto filha, devo olhar para minha mãe como uma mulher como eu, que por mais que não fale, tem carência existenciais e desejos que talvez nunca tenha tido tempo para expressar ou se quer sentir e expor, que talvez não tenha tido o cuidado e atenção necessária quando eu nasci. Aprendi a valorizar cada minuto dedicado a mim desde o meu primeiro dia de vida, mesmo sem que eu me lembre.

O que fica no coração: 

Mas a lição mais linda que eu aprendi é que ainda há tempo. Ainda há tempo de fazer a minha mãe se sentir uma mulher plena: plena na vida íntima e pessoal dela, ouvindo e incentivando seus sonhos, e relembrando que além de mãe (e antes disso), ela é humana. Ela pode se permitir sentir, querer ou não, fazer ou não, ter dúvidas ou não… Ela pode se sentir insegura, pode não saber das coisas, pode não ter respostas para as questões que trago, pode sentir medo… Ela, assim como todas nós, pode tudo!

Então a minha dica é: assistam esse espetáculo e se preparem para descobrir mais sobre suas mães, mas principalmente, sobre você mesma, mulher!

Ficou emocionado? Nós também!

Aproveita esta incrível oportunidade no site do Clubinho: https://www.clubinhodeofertas.com.br/rio-de-janeiro/mae-fora-da-caixa-954 

Ahh, dica para mamães que querem ter uma experiência completa da peça: deixe as crianças com o papai, a vovó, com a melhor amiga ou com os amiguinhos do colégio, viva esse momento só para você!