O poder da infância para a sustentabilidade
Educação

O poder da infância para a sustentabilidade

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Muito se fala sobre consciência ambiental e sustentabilidade. Hoje em dia, pensar o reflexos das nossas atitudes para a preservação do meio ambiente é muito importante. Não só os grandes impactos. Sobretudo, as pequenas ações que ao longo do tempo promovem mudanças que influenciam na vida de milhares de pessoas.

Por isso, construir consciência ambiental na infância é dar espaço para a consolidação de uma nova forma de se relacionar com a natureza, baseado em aprendizados e adaptações. A engenheira florestal, Sabrina Soares, nos contou como o exemplo é uma ferramenta importante. Além disso, ela também dá dicas de como inserir no dia a dia da sua família atitudes mais sustentáveis.

Infância e ecologia

Embora ainda não seja parte do currículo escolar, é comum abordar educação ecológica dentro das salas de aula. Acontece que elas acabam sendo ações pontuais, que, raramente, estabelecem a prática contínua na vida dos alunos. Por isso, é importante que para além das atividades da escola, o lar também seja um espaço de ações. Sabrina esclarece que na infância a melhor maneira é abordar o assunto de forma simples e prazerosa, usando como ferramenta o diálogo.

“Um ponto interessante para começar a introduzir o assunto é falar sobre o consumo. Trazer para os filhos a origem dos produtos que eles compram, como são feitos, a quem interessa a produção e qual o impacto que uma coisa simples que a família compra pode ter no meio ambiente.”

Para a sociedade, de forma geral, o desafio de se firmar políticas e condutas que valorizem o meio ambiente é o imediatismo e a prioridade. Como afirma Sabrina, “a educação ambiental acaba sendo um processo longo, contínuo e participativo de aprendizagem e de desenvolvimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental”. O que significa, que a união entre família e sociedade funciona como um potente instrumento. Através de hábitos familiares mais sustentáveis e o debate corriqueiro do assunto, muitas crianças acabam entendendo o problema de forma natural. Com isso, incorporar certas atitudes, mais do que uma obrigação, acaba sendo apenas um reflexo dos costumes familiares.  

“O exemplo é a melhor forma para se fazer isso. Crianças observam bastante o comportamento daqueles que os rodeiam e replicam isso com muita facilidade. Ter mais atenção às pequenas situações dentro da rotina familiar pode ser uma atitude responsável, educativa e até mesmo divertida. Dessa forma essas crianças vão crescer com uma consciência maior, não só na questão ambiental, como em qualquer assunto.” afirma Sabrina Soares.

Educando uma geração consciente

Tendo o tempo como um elemento determinante para os resultados, a infância acaba cumprindo um papel essencial. Afinal, educando as gerações mais novas a protegerem o meio ambiente, ao longo dos anos, sentiremos as consequências positivas, como enfatiza Sabrina:

“É fundamental que a educação ambiental esteja inserida no contexto do aprendizado desde a infância para que, desta forma, se tornem adultos conscientes de que o ser humano é parte do meio ambiente e responsável por sua manutenção.”

Começando pelas pequenas atitudes

Então, como tornar a consciência ambiental na infância algo realmente eficiente? A dica da Sabrina é começar a questionar e mudar tarefas comuns do dia a dia. Estimular o pensamento crítico e levantar soluções. Conversar sobre as origens dos produtos consumidos ou para onde vai todo o lixo que produzimos funciona. Comportamento que também desenvolve o olhar analítico do seu filho.

Pratique em família hábitos como:

  • Saber as origens dos alimentos e produtos;
  • Separar e reciclar o lixo;
  • Não desperdiçar água;
  • Ser consciente em relação ao uso da energia elétrica.

“Na questão da alimentação é legal investir na criação de uma horta, conectando as crianças com a natureza e mostrando como produzir alimentos saudáveis. Essas atitudes serão naturalmente absorvidas e repetidas com frequência por eles.” complementa Sabrina.

E aí, que tal criar seu filho para um futuro melhor?