12 dúvidas sobre vacinação infantil contra o Covid-19
Coronavirus,  Cuidado e bem-estar

12 dúvidas sobre vacinação infantil contra o Covid-19

Tempo de leitura: 9 minutos

A vacinação sempre foi um dos cuidados principais que se pode ter com os filhos. Crianças recém-nascidas já saem com a vacina da maternidade. E também faz parte do direito à saúde determinado pela Constituição Brasileira. Inclusive já fizemos algumas postagens sobre campanhas de vacinação para crianças aqui no blog.

A campanha de vacinação infantil contra o Covid começou em 14 de janeiro de 2022, em meio a um aumento recorde de infecções da variante ômicron no Brasil, tendo inclusive representado um aumento das hospitalizações pediátricas. 

Entendemos que por ser recente, muitos ainda tem dúvidas sobre como e quando vacinar, quem pode e quem não pode, então resolvemos dar uma ajudinha, tirando algumas dúvidas que recebemos dos nossos leitores. As informações fornecidas pelo Dr. Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da SBP e do site do Ministério da Saúde.

1 – É preciso apresentar prescrição médica?

Não. O Ministério da Saúde cogitou, mas voltou atrás após a negativa na consulta pública.

2 – A autorização dos responsáveis será obrigatória?

Não. A autorização para vacinação será apenas uma recomendação, não obrigatória como havia sido anunciado.

3 – As crianças podem ser vacinadas sem a presença dos pais ou responsáveis?

Sim, desde que seja apresentado um termo de autorização dos pais ou responsáveis por escrito. No caso da presença dos responsáveis no ato da imunização, é dispensada a autorização.

4 – Minha criança vai completar 5 anos em 2022. Ela já pode tomar a vacina contra a Covid-19?

Crianças com cinco anos completos podem se vacinar. Não há vacinas aprovadas pela Anvisa para o público menor que cinco anos no Brasil.

5 – Meu filho tomou vacina recentemente contra outra doença. Pode tomar junto com a vacina contra a Covid-19?

A Anvisa não recomenda a aplicação de diferentes vacinas de forma concomitante, ou seja, ao mesmo tempo em que se aplicam as vacinas do calendário de vacinação infantil. A orientação é que os pais ou responsáveis aguardem 15 dias para retornar ao posto.

6 – Se a criança teve contato com pessoas próximas com Covid-19, deve esperar?

Qualquer pessoa, seja ela criança ou adulto, que tiver contato com casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 não deve ser vacinada durante o período de isolamento, que deverá ser de 7 dias, caso não apresente sintomas respiratórios e febre, há pelo menos 24 horas e sem o uso de antitérmicos.

7 – A criança está com sintomas de infecção, como coriza e dor de garganta. Ela pode ser vacinada?

Depende. A recomendação é que crianças com síndrome gripal sejam testadas para gripe e Covid-19. Se o diagnóstico for positivo para um delas, o recomendado é adiar a imunização por 30 dias para Covid-19 e após a recuperação completa para gripe. Por outro lado, se após a consulta médica, ficar constatado que a criança tem apenas um resfriado, rinite ou algo com sintomas leves, a vacinação está liberada. Só se adia a vacinação em quadros febris agudos.

8 – A vacina para crianças é igual a de adultos?

A da Pfizer é uma  versão pediátrica para crianças entre 5 a 11 anos e contém um terço da dose usada em pessoas a partir de 12 anos de idade. Para diferenciar, os frascos terão as cores laranja e roxa, respectivamente. A Coronavac é a mesma usada em adultos e deve ser aplicada em pessoas entre na faixa de 6 a 17 anos. Ambas são seguras e eficazes na prevenção dos sintomas da covid-19, segundo as autoridades sanitárias. A Coronavac é contraindicada apenas para crianças imunossuprimidas — nesse caso, há a opção de usar a Pfizer.

9 – Quantas doses a criança precisa para estar completamente vacinada?

Assim como ocorre em adultos, o esquema vacinal de crianças e adolescentes é composto por duas doses. A decisão foi tomada com base em evidências científicas. A Anvisa concluiu que as vacinas Pfizer-BioNTech e Coronavac, quando administradas no esquema de duas doses, são seguras e eficazes na prevenção da doença. 

10 – Qual é o período de intervalo entre as doses?

O Ministério da Saúde adotará o intervalo de oito semanas entre as doses pediátricas da Pfizer. No entanto, a aprovação do imunizante pela Anvisa determinou um intervalo de 21 dias entre a primeira e a segunda dose.  Já para o imunizante Coronavac o intervalo entre uma dose e outra é de 28 dias.

11 – O que acontece se a criança fizer 12 anos entre a primeira e a segunda dose?

A recomendação da Anvisa é que a criança termine o esquema de imunização com a mesma vacina recebida na primeira dose. Ou seja, se tomar a pediátrica deve manter a mesma após o aniversário.

12 – Vai ser preciso aplicar uma dose de reforço nas crianças?

Não há estudos científicos que apontem a necessidade de uma dose de reforço no público infantil. Dessa forma, o PNO orienta que sejam aplicadas as duas doses na faixa etária de 5 a 11 anos.

A vacina é gratuita, é um direito de toda a criança e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde e nos postos de vacinação espalhados por todo país. E leve a caderneta de vacinação da sua criança ao levá-la para se vacinar.

Publicitária, fundadora e CEO no Clubinho de Ofertas. Mineira, mãe da Júlia, que inspirou o site. Apaixonada por cultura e por descontos, acredita no poder da cultura e do lazer no desenvolvimento cognitivo das crianças.