Quebrando tabu: Pai não é só diversão!
Empoderamento

Quebrando tabu: Pai não é só diversão!

Tempo de leitura: 5 minutos

A sociedade se transforma, e, nos últimos anos, essa mudança tem sido rápida e intensa. As famílias se tornaram espaço de debate e reconstrução. Gerações diferentes que entendem o mundo de formas diversas e que questionam o dia a dia em busca de uma realidade intermediária.

Nesse contexto, o papel da mãe e do pai tem ganhado novos padrões, ou melhor dizendo, tem deixado para trás padrões conservadores e se reinventado sob uma nova ótica. A ordem social precisa acompanhar as mudanças e se reconfigurar, e a boa notícia é que isso tem, de fato, acontecido.

O número ainda é pequeno, mas já é possível notar em alguns estabelecimentos comerciais os chamados “banheiro família”. Um espaço dedicado aos cuidados das crianças pelos seus responsáveis, sejam eles homens ou mulheres. Esta realidade estimula a reflexão sobre qual papel foi destinado aos pais durante as últimas décadas, e porque precisamos mudá-lo (o quanto antes!).

Pai não ajuda, pai assume!

Era muito comum que o pai estivesse presente nas famosas “horas boas” da vida. Quer dizer, na hora de levar para assistir jogo de futebol, na hora brincar ao final do dia, na hora de viajar…

Uma mãe diria: nas horas fáceis.

Esses momentos são uma delícia, e extremamente necessários, mas são uma pequena parte diante da complexidade de educar um filho. A manutenção do lar, o acompanhamento na escola, as conversas difíceis… tudo isso faz parte da intensa missão de cuidar de uma criança e acompanhar seu amadurecimento.

Infelizmente, grande parte dos nossos hábitos familiares ainda coloca o homem como coadjuvante nas obrigações com os filhos, mas esse movimento precisa mudar. E começa no entendimento de que homens e mulheres, pais e mães, dividem tarefas.

O que significa dizer que essa transformação começa a partir da consciência masculina e o desejo pelo protagonismo. A defesa de uma bandeira que compreende e reivindica que os pais são essenciais para educação do filhos. Da mesma forma que o tal “instinto materno” também é paterno e é parte de um aprendizado comum aos responsáveis por uma criança. Por isso, os pais não precisam aguardar o aval da mãe, nem se sentir envergonhados ou amedrontados pela possibilidade do erro.

Libertem-se, pais e mães, da ideia de que o resultado será o mesmo.

Pais e mães educarão e cuidarão dos seus filhos de maneiras diferentes, mas não porque são pais ou mães, mas porque são seres humanos com habilidades e pensamentos diferentes.Todavia, isso nunca será uma barreira, pelo contrário, será a potência da diversidade somando positivamente à história dos filhos.

A tal revolução começa na família, de dentro para o mundo. Ao lado das mulheres, os homens precisam atuar ativamente na reivindicação desses espaços, afinal, o homem tem todo o direito à paternidade, assim como a mãe à igualdade dos direitos em casa, no trabalho, na rua e na liberdade individual.