10 dicas para conversar sobre o Coronavírus com as crianças
O momento é difícil para todos. Mas explicar para as crianças é ainda mais complicado, já que, além da idade, existe a ansiedade de não poderem brincar com amiguinhos, tocar ou estar com quem amam.
É importante ter calma e transmitir confiança ao conversar com as crianças, explicando o que deve ser feito agora, pedir a colaboração delas para que tudo fique bem e também passar segurança de que tudo vai passar em breve.
A seguir, algumas dicas para conversar com os pequenos sobre o assunto, sem assustá-los.
1) O primeiro passo é informar sobre o assunto de forma clara sobre o que é, o que se dever fazer e motivo de todos estarem em casa. Exitem diversos conteúdos lúdicos que podem ser utilizados para apresentar estas informações e orientar as crianças, como o site Mindheart da psicóloga infantil Manuela Molina, que tem um conteúdo específico em vários idiomas. Há também um conto lúdico “O Escudo Protetor contra o Rei Virus” da Psicóloga Guadalube del Canto que pode ajudar com as crianças menores. No Canal Diário de Mika também há um episódio que fala sobre cuidados, em que Mika ensina como combater o Coronavirus.
Pesquise com as crianças
Se as crianças quiserem pesquisar sobre o assunto, ajude-as a procurar páginas com informações voltadas para os pequenos para que se sintam integradas. É dever dos adultos informar, mas a busca por dados pode e deve ser incentivada entre as crianças mais velhas.
2) Se eles já tiverem aulas sobre ciências na escola, talvez seja interessante usar exemplos que constem nos livros para falar sobre vírus, transmissão e afins. Dessa forma, o início da explicação pode ser mais fácil.
3) Para os mais novinhos, que tal fazer a experiência semelhante ao do prato com temperinhos e sabão? Pegue mais pratinhos e coloque um ao lado do outro. O primeiro com bastante tempero (orégano e salsinha desidratados) e água e outros 4 ou 5 com água pura e limpa. Depois, mergulhe a mãozinha da criança no primeiro prato e, sem lavar, vá mergulhando nos outros. Dessa forma, quando chegar ao último, ainda terá pedacinhos na água. Ou seja, se não isolar o primeiro pratinho e continuar encostando nos outros, os temperos (o vírus) vão continuar sendo repassadas. Essa é uma forma lúdica de mostrar para eles como o contágio se dá por contato. O Paizinho Vírgula tem um vídeo em seu instagram sobre este experimento que pode te ajudar.
4) Crianças são, na maioria das vezes, carinhosas e querem demonstrar afeto. Mas esse não é o momento para isso. Explique que não podem ficar se encostando e que, ao encostar, tem que passar logo o álcool gel para matar os bichinhos. Jogue beijinhos de longe, brinque de pegá-los no ar, demonstre o seu afeto conversando sem muita aproximação, mas com voz doce. Isso vai ajudar a criança a entender que ninguém está triste ou chateado, mas que é somente um período para não se encostar.
5) As crianças são muito apegadas aos avós, tios, primos etc? Faça chamadas de áudio e imagem com esses familiares. Os pequenos vão entender como uma grande brincadeira todos estarem juntos pela tela de computador. Percebam: nós temos o entendimento do isolamento, as crianças não. Então, tente transformar esses momento em uma espécie de brincadeira.
6) Se forem maiores, não mostre os dados sobre as mortes para demonstrar a seriedade do assunto. Se nós, adultos, ficamos impactados com tantas mortes, imaginem as crianças. Não é preciso esconder informações, apenas adequá-las.
7) Uma das formas das crianças memorizarem como manter a higiene nesse período é fazer um cartaz e deixar visível com cada passo do que devem fazer em casa, como lavar bem as mãos, usam álcool gel etc. Os pais podem, inclusive, pedir aos filhos que façam cada ‘dica’ e depois os adultos colocam em um cartaz maior. Alguns parceiros nossos, como o pessoal do Violúdico e da Cia Rindo a Toa criaram vídeos com músicas sobre como se proteger. É uma ótima forma de fazer as crianças fixarem melhor a mensagem e não esquecerem do que é importante fazer. E olha que fofo esta animação divulgada pela ONU Brasil.
8) Se tiverem pets em casa, deixe claro para os pequenos que os animais não transmitem o vírus. Além de poderem brincar com os peludos, é importante que saibam que eles não oferecem perigo nesse momento – um dos maiores medos das associações protetoras de animais é que haja um número grande de animais pela falta de informação. Por isso é tão importante deixar isso claro.
9) É importante ter em mente que ainda não chegamos ao ápice da pandemia, ou seja, é provável que o isolamento continue por algum tempo. Portanto, deixar claro isso para as crianças é fundamental para que não criem expectativas curtas sobre voltar à normalidade.
10) Para ajudar as crianças e suas emoções neste período de quarentena, é legal conferir alguns conteúdos de canais infantis sobre o assunto, como o ‘Mundo Bita’, que tem a música Que Saudade Que Eu Tô sobre o distanciamento e saudade.
E você? Como tem conversado com as crianças sobre este assunto? Se puder compartilhe conosco também como tem enfrentado este problema com sua família. Envie um email para blog@clubinhodeofertas.com.br .
Grasiela Camargo
Publicitária, fundadora e CEO no Clubinho de Ofertas. Mineira, mãe da Júlia, que inspirou o site. Apaixonada por cultura e por descontos, acredita no poder da cultura e do lazer no desenvolvimento cognitivo das crianças.