Inteligência emocional para crianças, já ouviu falar?
A modernidade trouxe um novo ritmo para a vida em sociedade. Uma mudança brutal na relação com o tempo, com outras pessoas e com os objetivos de vida.
Hoje em dia, é muito comum que as pessoas mantenham contato apenas por meio das redes sociais. Que prefiram conquistar experiências ao invés de bens como carros ou casa.Que prefiram vegetais às carnes. Que sintam o amor como flexibilidade e não durabilidade.
São muitas transformações que mexem – e muito – com a forma como as gerações mais novas pensam o mundo.
Lidar conscientemente com tudo isso é um desafio. Esta habilidade é chamada por especialistas da psicologia de inteligência emocional. E nada mais é do que amadurecer e precisar conciliar o conflito de tantos sentimentos complexos que permeiam a vida humana.
Educando o coração – e a mente!
Geralmente, esse processo ocorre ao longo dos anos. Vamos crescendo e aprendendo na marra, batendo a cabeça. No entanto, psicólogos afirmam que é possível tornar esse processo evolutivo menos doloroso a partir de práticas que ajudem a canalizar e entender cada sentimento.
Trabalhar isso na infância incentiva que essa nova geração tenha mais discernimento durante toda a vida. Principalmente na adolescência, um período intenso de descobertas e obstáculos.
Educar emoções é uma ferramenta importantíssima para os chamados “maus do século”. Os problemas de saúde mental: ansiedade, depressão, transtornos alimentares, síndrome do pânico…
Ensinando sobre equilíbrio e aceitação
Um estudo realizado pela Unifesp constatou que a taxa de suicídio entre jovens de 10 a 19 anos aumentou 24% nas seis maiores cidades brasileiras. Diferentemente do índice mundial que reduziu 17%. Essa realidade é preocupante e requer atenção.
Por isso é tão importante que pais ajudem seus filhos desde pequenos a entender seus sentimentos e conviver com as adversidades.
O primeiro passo é ensinar os filhos a não empurrarem a poeira para baixo do tapete. É imprescindível que diante das emoções elas parem e reflitam sobre o que está acontecendo. Pensar sobre o que está sentindo e como se está reagindo ao sentimento é fundamental para o autoconhecimento.
Para isso é preciso reforçar o poder do diálogo. Falar sobre o que sente é essencial para se entender. Ao verbalizar, o cérebro consegue organizar e até mesmo “visualizar” todas as ideias, facilitando muito coisa.
Conversar, explicar, dar nome às sensações. E o ideal é que esta relação seja construída entre pais e filhos. Entretanto, se você ainda não se sente confortável para construir esse bate papo procure um especialista.
Psicológos e tarapeutas podem ajudar não só os pequenos, mas também os pais que, mesmo depois de adultos, resistem aos sentimentos.
Busque se informar sobre metodologias para trabalhar a inteligência emocional do seu filho. O artigo da revista Crescer “5 pilares para o seu filho desenvolver inteligência emocional” pode começar a te ajudar nesta tarefa.
Não ignore o que vem do coração!