Irmandade: a força da conexão para o desenvolvimento infantil
Antigamente, era muito comum que as famílias tivessem muuitos filhos. Umas nove, dez, quinze crianças pela casa. Hoje, essa realidade mudou bastante. Por inúmeros motivos, a grande maioria das famílias de agora são compostas por dois filhos, ou apenas um.
Esses números dizem muito mais do que só um mero retrato das novas famílias. Não ter irmãos ou poucos irmãos afeta na forma como as crianças entendem o mundo e se relacionam com outras pessoas.
“Filho único é mimado!”
Essa frase é muito comum, mas não necessariamente verdadeira. A circunstância solitária de um filho não é condicionante, mas acaba, sim, influenciando em muita coisa. Seja na forma como os pais enxergam os filhos ou como os filhos se enxergam dentro da relação familiar.
Romper com esse padrão é necessário para criar seres humanos que valorizem a importância de dialogar, de ter um apoio, uma cumplicidade, e sobretudo, de ceder.
Com irmãos ou sem irmãos: como fazer isso?
Se você é pai ou mãe de filho único, experimente observá-lo e também observar como vocês se relacionam. Tente perceber se há espaço para a empatia e se a solidão tem estado presente.
Você vai perceber esses sentimentos em conversas banais; na frequência das birras; na dependência dos pais e nas brincadeiras com os amiguinhos.
A convivência com irmão desenvolve a habilidade de se colocar no lugar do outro, de se abrir para o colo de alguém próximo, de compartilhar a realidade íntima e intensa do lar com alguém. É ter um amigo para toda e qualquer situação, inclusive quando o sono vai embora e o bicho papão parece estar embaixo da cama.
Se a sua família for composta por apenas uma criança, olhe mais de perto essa realidade. Procure a ajuda de um psicólogo para acompanhar o desenvolvimento do seu filho com atenção a esse detalhe. Incentive que ele estabeleça uma relação parecida com um amigo ou um primo. Outra coisa legal para fazer é manter a casa sempre cheia, com os amigos próximos, isso vai ajudá-lo a construir uma rede de apoio, da mesma forma que a convivência com irmão.
É claro que você também pode considerar a possibilidade de lhe dar um belo presente familiar.