Campanhas de vacinação contra pólio e multivacinação em Outubro
Começou ontem, dia 5, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite para crianças de até 5 anos, e a Campanha Nacional de Multivacinação, para crianças e adolescentes menores de 15 anos, que não são vacinados ou não têm esquemas completos de qualquer vacina. A mobilização vai até o dia 30 de outubro e os responsáveis devem levar os menores até as unidades de saúde para atualizar a caderneta de vacinação. O Ministério da Saúde tem como objetivo imunizar 95% das crianças e adolescente que estão dentro dessa faixa etária. O Dia de Mobilização (“Dia D”) será 17 de outubro, com postos abertos no sábado.
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No Rio de Janeiro, as vacinas estão disponíveis nas unidades da Atenção Primária à Saúde da capital e o horário de vacinação acontece entre 8h e 17h. No caso da vacina contra a pólio, haverá estratégias diferenciadas para crianças com até 1 ano incompleto e para aquelas na faixa etária de 1 a 4 anos. A depender do esquema vacinal registrado na caderneta, a criança poderá receber a Vacina Oral Poliomielite (VOP), como dose de reforço ou dose extra, ou a Vacina Inativada Poliomielite (VIP), como dose de rotina – desde 2016, o esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável (VIP, aos 2, 4 e 6 meses) e mais as doses de reforço com a vacina oral bivalente (VOP, gotinha). No esquema de multivacinação, as cadernetas de vacinação serão avaliadas para permitir a atualização das doses em atraso, atendendo os esquemas preconizados pelo Programa Nacional de Imunizações
Além das duas campanhas, o município do Rio também realizará durante esse período a Estratégia de Intensificação contra o Sarampo, com a vacinação indiscriminada da população de 15 a 49 anos.
Em São Paulo, os pais ou responsáveis devem levar as crianças a um dos 5 mil postos de saúde localizados nos municípios do estado. No total, serão oferecidas 14 tipos de vacinas que protegem contra cerca de 20 doenças: BCG (tuberculose); rotavírus (diarreia); poliomelite oral e intramuscular (paralisia infantil); pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, Haemophilus influenza tipo b – Hib); pneumocócica; meningocócica; DTP; tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola); HPV (previne o câncer de colo de útero e verrugas genitais); além das vacinas contra febre amarela, varicela e hepatite A. Além disso, neste ano, também passou a integrar o SUS uma nova vacina, já inserida na campanha: Meningo ACWY, que protege contra meningite e infecções generalizadas, causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y. Somando todos os tipos de vacinas, são mais de 5,2 milhões distribuídas nos postos do estado para aplicação na população-alvo.
Vale lembrar que mesmo em período de pandemia e com as orientação sobre como evitar o contágio da Covid-19, é extremamente importante manter a vacinação em dia para preservar as crianças imunes à doença. Para isso, o Ministério da Saúde orientou a rede pública a adotar medidas de prevenção contra a Covid-19, para garantir a segurança das pessoas que comparecerem aos postos – entre as orientações para as unidades de saúde estão garantir a administração das vacinas em locais abertos e ventilados; disponibilizar local para lavagem das mãos ou álcool em gel; orientar que somente um familiar acompanhe a pessoa a ser vacinada e realizar a triagem de pessoas com sintomas respiratórios antes da entrada na sala de vacinação.
A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos e, em casos graves, pode levar a paralisias musculares, em geral nos membros inferiores, ou até mesmo à morte. A vacinação é a única forma de prevenção. Sem tratamento específico, todas as pessoas contaminadas devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas de acordo com o quadro clínico. Entre os sintomas mais frequentes estão febre, dor de cabeça e no corpo, vômitos, espasmos e rigidez na nuca. Na forma paralítica ocorre a súbita deficiência motora, acompanhada de febre, flacidez e assimetria muscular e persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença. Já as sequelas deixadas pela doença são tratadas por meio de fisioterapia e de exercícios que ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados. Além disso, pode ser indicado o uso de medicamentos para aliviar as dores musculares e das articulações.
Informações: Agência Brasil.
Priscila Correia
Priscila Correia é Assessora de Imprensa e Produtora de Conteúdo, especializada em empreendedorismo materno e comunicação nos meios digitais. Autora do blog Aventuras Maternas, ela também escreve uma coluna para o Jornal O Dia aos domingos.