De pé no chão! Até onde vão os limites da proteção?
Educação

De pé no chão! Até onde vão os limites da proteção?

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Quando uma criança nasce, a família inteira se joga com todo prazer no dia a dia de cuidados e carinhos. Muitas mulheres, principalmente as mães de primeira viagem, cobrem os bebês de proteção. A pergunta que fica é: quando é que este cuidado acende o sinal vermelho e passa a ser excessivo?

A superproteção é um comportamento comum para muitas mães. É um misto de zelo e insegurança que pode ser prejudicial não só para as crianças como também para as mães. Infelizmente, na ansiedade por saber como ser uma boa mãe a resposta mais rápida acaba sendo o exagero.  

É claro que toda criança precisa de cuidado e olhos atentos ao seu desenvolvimento. No entanto, existe uma linha muito tênue que precisa ser observada com prudência. A saúde da criança, assim como o aprendizado e a percepção de perigo, é desenvolvida a partir das experiências vividas por cada criança. Quando tais vivências são cercadas, uma parte fundamental da infância também fica defasada. Viver também é aprender. Assim, uma educação restritiva pode resultar, inclusive, em um efeito contrário, quando a criança desenvolve patologias biológicas e emocionais.

Como saber quando parar?

Encontrar a fórmula “perfeita” não é um caminho claro, mas é guiado principalmente pelo bom senso. Algumas regras são fundamentais e devem ser respeitadas mesmo com lágrimas e gritos. Não tem jeito, as obrigações naturais de como ser uma boa mãe também passam pelo desacordo.   

É preciso buscar sempre o equilíbrio. Refletir as consequências pensando na saúde e na segurança. Para isso, tente se orientar pelos seus próprios aprendizados durante a infância, ponderando sobre as seguintes perguntas:

  • Teria algum problema se fosse um adulto?
  • Imagine essa mesma realidade para uma criança qualquer, que não seja seu filho, alguma possibilidade de problema?
  • É a primeira vez que ele faz isto ou enfrenta esta dificuldade?
  • Por fim, as primeiras consequências que lhe vem à cabeça são impossíveis de remediar?

Acompanhe a jornada de aprendizado e evolução do seu pequeno

Caso tenha respondido “não” para todas as perguntas, talvez seja o sinal verde para uma nova descoberta. Errar, machucar ou não gostar faz parte da vida, e saber lidar com isso é essencial para o fortalecimento da criança.

O manual de instruções de como ser uma boa mãe ainda não vem com o pacote da maternidade, mas sua intuição, normalmente, cumpre bem esse papel. Então, tente compreender que você não poderá servir como um escudo para os enfrentamentos do seu filho. Em muitos momentos, durante toda a vida dele, será preciso superar sozinho as advertências que vierem. Ensine-o a ter coragem e cautela. Dessa forma, você será, para sempre, um referencial de apoio em todos os desafios que ele enfrentar.