Meu filho está fazendo bullying com os colegas, e agora?
Educação

Meu filho está fazendo bullying com os colegas, e agora?

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Recentemente, uma palavra passou a fazer parte da educação infantil: bullying.

Não é um assunto muito fácil para os pais abordarem, mas muitas manchetes de jornais demonstram a necessidade de se falar sobre o assunto.

O primeiro desafio está em romper com os conceitos mal interpretados sobre o bullying infantil. Quebrar o estigma de que o bullying é só mais uma brincadeirinha boba de escola. Infelizmente, pais, amigos e familiares alimentam uma certa resistência em tratar o assunto com seriedade, pois se baseiam nas suas próprias memórias de colégio e tratam o problema como um processo natural do desenvolvimento da criança. No entanto, falar sobre bullying é extremamente importante sob todos os aspectos.  

O que fazer quando seu filho é quem faz o bullying?

É comum tratar o tema pelo olhar de quem sofre o bullying, mas como lidar quando você é chamado na escola porque seu filho está desrespeitando outras crianças?

Nestas horas o diálogo e a aproximação  com escola é o agente interlocutor da mudança. Procure conhecer o olhar dos professores sobre a situação, se abra, demonstre preocupação. Não apenas esteja presente, mas também deixe claro que entende as graves consequências do bullying para o desenvolvimento saudável da infância e a da adolescência.

Depois disso, procure observar seu filho. É necessário identificar o que o faz ser o vilão da história com brincadeiras de mau gosto. Às vezes é apenas inocência diante da gravidade do assunto, ou então, pode até mesmo ser um comportamento relativizado em casa e que acaba tendo graves reflexos na rua.

Tente observar a relação entre irmãos, as palavras usadas nas brincadeiras com os primos. A aproximação e a observação detalhada vai te fazer entender a raiz do problema. Será que, sem perceber, esta atitude não é estimulada em casa? A autocrítica faz parte da educação e rever permanentemente nossas atitudes só nos faz evoluir.

Procure a ajuda de um especialista, como um psicólogo infantil que possa orientar você e seu filho no melhor caminho. A conversa e o envolvimento são sempre as melhores ferramentas para enfrentar os problemas.

O que não pode acontecer é deixar isto para trás acreditando não ser um problema do seu filho, mas sim de quem o enfrenta.

Este pequeno desvio de comportamento pode ser os primeiros sinais psicológicos de fragilidade do seu próprio filho: como a necessidade de chamar a atenção ou então uma resposta ao incentivo mal intencionado de outra pessoa.

Fique de olho!

Se envolva na educação do seu filho e o ajude a atender os danos do bullying infantil para ele e para os colegas.