O que você precisa saber (e refletir) sobre a educação infantil e o futuro
Nosso país vive um momento de grandes decisões. Eleições políticas são períodos fundamentais para o amadurecimento da nossa sociedade e do fortalecimento da democracia – em que todos tenham voz e voto.
O Clubinho de Ofertas entende e valoriza esse processo. Por isso, participa trazendo informação sobre aspectos da sociedade que afetem diretamente às famílias do Clubinho. Assim, falar sobre futuro é falar sobre educação e cultura como ferramentas importantes de transformação.
Trouxemos três perspectivas sobre a educação infantil que podem te ajudar a participar da vida política com consciência e, sobretudo, informação.
É preciso avançar!
Dados divulgados pelo Ideb (Índice Nacional de Educação Básica), na última semana, revelou que o Brasil não teve melhoras significativas na educação desde a última avaliação em 2015. O histórico dos últimos anos até demonstra que o investimento na educação aumentou, mas não respondeu com eficiência na construção de uma mudança significativa de longo prazo. Para a educação básica, em uma escala de notas que vai até 10, a média registrada foi de 4,7 – menor que a nota 5 alcançada na última edição. Além disso, o Censo da Educação também demonstra que há 1,5 milhões de adolescentes, de 15 a 17 anos, fora da escola.
Esses e outros índices expressam a realidade da educação pública, comprovando a necessidade de se preocupar com o amanhã das novas gerações. Enquanto um dos maiores problemas do país ainda for incluir crianças e jovens nas escolas, será mais difícil canalizar esforços para promover uma educação de qualidade e alto desempenho para todos, seja no ensino público ou no privado.
Referência internacional em educação.
Uma série de políticas públicas mudou toda a estrutura da formação escolar na Finlândia, fazendo o país modelo em educação. A Finlândia diminuiu a carga horária em sala de aula e expandiu suas atuações. A resolução incorporou ao seu programa ações para a educação infantil que incidam em campos sociais externos ao ambiente escolar.
Tais reformas inovadoras na educação finlandesa demonstraram que o sucesso estudantil era derivado de diversos aspectos. E que muitas vezes não estavam diretamente ligados ao aprendizado curricular. Por isso, políticas amplas de promoção à igualdade social e à distribuição de renda tornou a educação uma realidade palpável de excelência para toda a população finlandesa.
Obviamente, comparar as estruturas da Finlândia e do Brasil é como comparar uma melancia com uma bola de futebol. O Brasil tem cerca de 40 vezes a população da Finlândia, que poderia ser comparada apenas à cidade de São Paulo pela área geográfica e povoamento.
Logo, pensar educação em um país continental como o Brasil é um imenso desafio. A referência europeia vale para ponderarmos que a educação é o resultado de um conjunto de condições básicas. Por exemplo, é tendo uma alimentação de qualidade, saúde e moradia que se alcança um bom desempenho no aprendizado escolar.
Cultura e educação: uma fórmula perfeita.
Compreende-se que a educação é a consequência de uma série de fatores atuantes. Com isso, torna-se imprescindível falar sobre o acesso à cultura como parte estrutural disso tudo. Nas últimas semanas, sofremos com a notícia do incêndio que destruiu grande parte do Museu Nacional, umas das maiores referências de pesquisa e preservação do país.
O fato despertou a importância de se falar sobre a proteção da nossa história e do cuidado com ambientes de formação multicultural. Espaços onde o entretenimento, a história e a educação se cruzam para expandir os limites do conhecimento.
É por isso que, assim como saúde e economia, a cultura e a educação devem ser tratadas com prioridade e seriedade. Para que, de fato, se construa, ao longo dos anos, um projeto sólido de uma educação inclusiva e de qualidade. Com a plena participação de todos em exigir e acompanhar as políticas que dialoguem com o amanhã que queremos.
Referências: