Bater para educar: que tal deixar isso pra trás?
A formação do caráter e da personalidade de um filho é uma das grandes preocupações dos pais. O desafio não é mesmo dos mais fáceis!
Às vezes, comportamentos imaturos das crianças despertam a impaciência dos adultos e é, nesse momento, que a violência se faz presente.
Antigamente, era muito comum associar à agressão física como parte da educação. É por isso que muitos de nós temos lembranças daquelas palmadas e puxões de orelhas dos pais. Mas, para muitas crianças, a agressão física na infância é extremamente prejudicial para a formação psicológica.
As consequências negativas dessa metodologia educacional despertaram a necessidade de se debater o assunto. Recorrer à violência como forma de impor respeito, na verdade, só gera traumas e rancor.
Esses impactos são mais evidentes do que imaginamos. Quando a violência está presente dentro de casa, é comum que a criança transfira esse exemplo para todo o seu dia a dia. Ou seja, como separar as relações da violência quando as pessoas mais importantes a sua vida a agride como forma de correção? O que impede dessa criança transferir a mesma lógica para todos os vínculos afetivos que ela construir?
Marcas invisíveis
As vivências da infância formam grande parte da percepção sobre o mundo de uma pessoa. As memórias são as engrenagens do aprendizado e da evolução.
Quando a violência passa a ser uma lembrança natural, muitos aspectos da individualidade respondem da mesma forma.
O desenvolvimento da autoestima pode ser uma delas. O excesso de exposição em momentos de submissão refletem em uma auto descrença. O sentimento de humilhação retrai o desenvolvimento da criança, que passa a duvidar excessivamente de si mesma.
Outra grande consequência é o afastamento das crianças do convívio familiar. Essa reação gera abandono e possibilita o contato com experiências perigosas de rua.
Mas afinal, como educar seus filhos?
O diálogo é sempre a melhor ferramenta. A psicologia fala sobre a importância das práticas educativas indutivas. São metodologias que indicam às crianças as consequências do seu comportamento. Como suas escolhas afetam as outras pessoas e o ambiente, desenvolvendo também o poder da empatia.
Ao conversar e explicar de forma clara quais são os motivos da advertência você estabelece com seu filho uma fonte de referência. Grande parte do que as crianças fazem é por desconhecimento ou por pura vontade de chamar a atenção. Quando você dedica tempo à elas, demonstra que se importa com o que querem e pedem. Assim torna-se mais fácil que eles a respeitem, a decisão final é sua, mas eles entendem como chegaram até ali.
Um futuro de sucesso
Dessa forma, você desenvolve na criança características muito apreciadas na escola e no mercado de trabalho. A facilidade de se colocar no lugar do outro estimula a criatividade, pois se permite experimentar outras vivências. Assim também, o mercado de trabalho valoriza ações em equipes, onde as pessoas consigam dialogar e construir juntas possibilidades empreendedoras.
Ou seja, relações afetivas seguras são verdadeiras chaves para um amanhã repleto de conquistas.