O que tem por trás de cada “NÃO”?
Falar sobre limite é sempre uma linha tênue, impor na prática é ainda mais delicado. Não existe caminho fácil na educação infantil dos filhos. A vida cobra, exige e delimita os nossos próprios limites adultos. Quero dizer, temos que pagar nossas contas, logo temos que trabalhar, logo passamos pouco tempo de qualidade com os filhos, e aí, a tendência é alimentar esse ciclo vicioso com a expansão dos limites.
Prática da compensação: se não posso isto, ofereço aquilo.
A pergunta é: até que ponto isso é saudável para a educação infantil?
Delimitar a educação dos filhos não é uma missão fácil. É preciso saber recusar com diálogo e, sobretudo, não impor para si a culpa pela negativa. Aceitar que não somos capazes é mais fácil quando diz respeito apenas à nós mesmos, sem refletir na vida do outro, principalmente quando esse outro são nossos filhos. Sentimos inteiramente responsáveis pela lágrima que escorre e pela frustração desses pequenos.
De fato, ser mãe e pai é ser responsável por eles, mas é ensinar, sobretudo, a ser responsável consigo mesmo.
Diferentes gerações enfrentam desafios diferentes. O que foi dificuldade para você, você se esforça para que não seja para seus filhos, é quase que instinto. Isto não os impede de sofrer, com certeza sua vida lhe oferecerá outros obstáculos.
O que quero dizer é que, obviamente, você, enquanto mãe ou pai, fará de tudo para que seu filhinho não enfrente os problemas que você enfrentou, mas isso não significa que você precisa satisfazer todas as suas vontades, cada ser humano tem seus dragões para enfrentar e está tudo bem.
Empatia começa em casa!
Neste processo todo, sabe o que é ainda mais importante? Ensinar sobre o respeito ao outro. Quando você precisa de compreensão enquanto família, é justamente a hora que você ensina seu filho a respeitar as fragilidades do outro.
A educação infantil amadurece com cada relação, seja com os amigos, irmãos ou pai e mãe. Elas são responsáveis por ensinar sobre sentimentos e emoções fundamentais que são levadas para a vida, a empatia é uma delas.
Cada “não” que é explicado e compreendido representa um passo na evolução humana do seu pequeno.
Que tal não se culpar tanto por eles?